Olha quem está rindo agora
Em entrevista para a revista
Juice Malaysia, Woody e Kyle falam sobre o novo álbum, bandas britânicas e
sobre vir para a América latina:
No
ano passado, Bastille cresceu assustadoramente em termos de popularidade e de
perspectiva sonora. Quais foram os seus momentos favoritos?
W:
Isso varia, porque de certa forma nós somos como os viciados em adrenalina. Por
exemplo, quando fizemos o Saturday Night Live em janeiro, foi encantadoramente
assustador. Mas agora nós queremos fazer isso de novo, então penso que a mais
recente experiência aterrorizante seja o meu novo momento favorito. E você
sabe, todos os festivais que temos feito, como o Glastonbury, é uma grande
coisa para uma banda britânica. Mas você sabe o melhor de tudo? Nós nos
conhecemos Bill Cosby. A vida está completa.
Já
faz um tempo desde o lançamento de Bad Blood. Se você pudesse mudar alguma
coisa, você mudaria?
W:
Bem, eu não sei. Eu não gostaria de mudar o passado. Mas, você sabe, eu faria
um som mais alto com a bateria. Mesmo em músicas sem bateria, eu a colocaria
bem alta. (Risos)
K:
Para não dizer que foi perfeito, o que não foi, mas nos colocou na posição em
que estamos agora, o que me faz muito feliz. Então, eu não mudaria nada.
Ouvimos
dizer que vocês estão se direcionando para um som com mais guitarras em seu
próximo álbum. O que mais vocês podem nos dizer sobre isso?
K:
Não apenas guitarra, bateria também. Mas eu acho que isso está deixando as
pessoas muito excitadas, como se nós fossemos ter guitarras em todas as músicas.
Será um monte de guitarra, r'n'b, e estamos, basicamente, expandindo nosso
primeiro álbum. Nós teremos muito mais coisas de rock, muito mais coisas eletrônicas
e muito mais coisas r'n'b. Acho que não nos sentimos amarrados a qualquer
gênero ou som particular.
Quando
vocês estavam escrevendo o primeiro álbum, ouviram muitas inspirações musicais
do hip hop. O que estão apreciando agora?
W:
Estou obcecado com esse novo duo chamado Royal Blood. É como baixo e bateria,
mas eles colocaram a bateria através de amplificadores de guitarra, soa grande.
É rock'n'roll.
K:
Eu tenho escutado muitos produtores recentemente. Materiais como SBTRKT, Flume,
Lido, Cashmere Cat. Esse tipo de som.
Muitos
artistas britânicos começaram a estampar sua marca no cenário mundial nos
últimos dois anos - bandas como Rudimental, CHVRCHES, e vocês. O que há com essa
cultura musical britânica que a torna tão fértil?
W:
Eu não sei se é como aqui, mas em algum momento todo mundo tocava um instrumento
na escola. Piano ou clarinete, saxofone
ou violão, o que for. Eu não sei se isso é uma coisa mundial.
K:
Acho que nós somos muito duros com nós mesmos. Eu acho que você é moldado,
tendo que ser o melhor se você fizer qualquer coisa. Não que não sejam
incríveis as bandas que saem de outros lugares, eu só estou, literalmente,
tentando encontrar uma justificativa.
W:
O tamanho geográfico é muito pequeno, mas existem 60 milhões de nós
(britânicos). Então talvez isso signifique algo.
K:
É tão multicultural, não há, em certo sentido, um determinado som que saia do
Reino Unido. Porque é tão diverso, há tantas influências.
W:
Você poderia andar numa rua de bares com música ao vivo e haverá uma banda
tocando reggae-ska em um, o próximo será de death metal, e, em seguida, uma
espécie de neo-funk.
K:
Acho que em um lugar onde o rock and roll é enorme, somente algumas bandas
poderiam ser o centro das atenções. Mas em Londres, como você disse Rudimental,
CHVRCHES, e todos são tão variados. E acho que todos nós éramos capazes de
chegar nesse ponto, porque nós não estávamos competindo. Todos estão em uma
banda.
Vocês
têm viajado muito ultimamente. As viagens mudaram a forma como vocês têm feito
as coisas como uma banda?
W:
Acho que agora o Dan precisa escrever na estrada, e talvez nossas influências
mudaram um pouco. Quero dizer, o processo como um todo. Eu não acho que a
viagem teve qualquer efeito sobre o som ou qualquer coisa.
K:
Penso que tocar para multidões talvez tenha nos ajudado a perceber que tipo de
músicas precisamos - com mais batidas, mais agitação em algumas partes do set.
W:
O segundo disco será mais colaborativo, e acho que depois de tocarmos juntos
por tanto tempo, as coisas funcionam melhor. Então, sim, agora nós estamos com
mais entradas nas músicas.
Bastille
foi sua primeira incursão séria na música?
W:
Não. Bem, eu fui para a escola de música e estava em bandas desde que tinha 13
ou 14 anos, então eu fui um baterista durante o tempo que me lembro. Todo mundo
estava em algumas bandas, e eu decidi ir para a universidade, em vez de
continuar com a música. E foi aí que as coisas começaram a acontecer, e olha
quem está rindo agora.
Algum
dia veremos algo como outro Other People’s Heartache?
K:
Sim, sim. Ele já está em movimento, um trabalho em andamento.
W:
Muitas colaborações novamente, mas todos originais desta vez, ao invés de
covers. Mas, como sempre, será com alguém diferente. Nós teríamos que te matar
se te contássemos com quem estamos trabalhando nisso. (Risos)
Como
vocês se conheceram?
W:
Conheci Dan muito tempo atrás, quando eu estava sem dinheiro, distribuindo
folhetos em portas para aulas de bateria e ele me telefonou, dizendo algo sobre
se juntar a ele em uma banda.
Então,
vocês têm outros planos para os próximos anos, além do álbum?
W:
Basicamente passear e ver o mundo. Estamos indo para a América do Sul, onde
nunca estivemos em turnê antes, e em algumas partes da Ásia. A temporada de
festivais está chegando, bem como uma turnê pelo Reino Unido e América também.
Basicamente o que temos feito, mas em uma escala maior.
Fonte: Juice Online
Tradução: Thalita (Bastille Brasil)
Olha quem está rindo agora
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